9 de março de 2007

Felicidade Rara

Meu coração cheio de bolhas
está saudoso, cheio de rugas
quisera eu ter meus amigos aqui
para curar minha pequena solidão,
meu peito tem linhas, que se desfiam um pouco cada dia

e a cada dia mais um canto desafinado
sai de meus olhos,
transcrevendo velhas músicas
e a cada dia uma agulha faz linhas novas
e meus pés correm atrás de cores que tinjam esse tecido de lágrimas e lembranças,

sorrisos e vôos de libélulas que mostram
como meu rosto se transformou

na esperança de vê-los novamente,
como meus caminhos já nunca serão iguais

das pegadas que fizemos juntos,

que ficarão para sempre nas areias de minha lembrança

e que um dia vão desaparecer.

E quando você voltar,

quando nos encontrarmos de novo,

o xadrez colorido desta colcha vai virar seda,

vai virar sede de abraços e braços dados

para entrelaçar a esperança de sempre estarmos

próximos pelas belas lembranças

e pelos corações entrelaçados nesse abraço.

Laços, tranças, nós, novelos de carinho,

novelos de caminhos

que são transpostos pelo amor
pela amizade, pelas nossas emoções.

No dia do reencontro

sentirei um calor tremendo em meu coração,

meu coração vai se cobrir na colcha de seda,

vai repousar, vai sorrir

e o sol irá raiar novamente pelos nossos abraços de felicidades,

Que tivemos o que tivemos, que nos encontramos,

sim, felicidade, é só o que sinto, mesmo de estar longe

porque felizes somos nós

e podemos nos sentir sós uns dos outros...



Poesia escrita com meu mais-que-amigo-irmão-camarada Fernando Yonezawa.

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