28 de julho de 2014

Olhei pela janela a procura de alguma esperança. Não sabia onde procurar, mas sabia que em mim ainda restava algo que eu pudesse chamar de esperança. Aquela dor não passava. Não conseguia parar de pensar nas pessoas que eu poderia, que irei machucar. Talvez não seja a hora de contar ainda. Ou jamais. Apenas pegar minha moto e sair. Mas algo me imobilizava. O pensamento passou pelas lembranças que minha cama me trazia. Lembranças dela. Lembranças de nós. Serei capaz de abandoná-la também? Serei capaz de trocá-la pelo medo de deixar que ela me veja vulnerável?
A chave rodou na porta. Enxuguei as lágrimas que escorriam e fui até seu encontro na sala. Tenho que encontrar coragem. Preciso de coragem para decidir o que fazer. Deixá-la ou amá-la?