2 de dezembro de 2009
não é possível ficar longe quando se quer estar perto
não é fácil sentir saudade
não é fácil...
é difícil lembrar o toque de suas mãos
e não poder tocá-la!
é difícil lembrar o gosto de seu beijo
e não poder senti-lo!
é difícil... mas os momentos
que foram vividos juntos
ainda me fazem querer
ter um pouquinho mais de ti...
30 de novembro de 2009
18 de outubro de 2009
a lua que minguou
as cinzas que já passou
eu sou a tarde que morre
o juízo que sumiu
a palavra que calou
eu não sou eu
eu sou o vazio
eu sou o desamor
eu sou a rouquidão
e sou o nada
estou aqui
e em lugar algum.
15 de outubro de 2009
13 de outubro de 2009
uma aprendizagem ou o livro dos prazeres
clarice lispector
10 de outubro de 2009
2 de outubro de 2009
quem é ela,
lua brilhante?
como me sobro na vida?
quero desmontar o quebra cabeça
deixar uma peça em todo caminho
para mais tarde me procurar
por entre as frestas de sua luz.
me sobra espaço nessa madrugada solitária
me resta a realidade do vazio
a voz que não me deixa dormir
o toque que não recebo.
estranha, perdida em minha solidão
rasgo palavras
e construo meu único e complexo
quebra cabeças...
12 de setembro de 2009
Olhares se cruzam.
Como saber se é o momento certo?
Minutos passam, palavras são contidas.
Ninguém presta atenção nelas. Elas não prestam atenção uma na outra.
Nada mais importa.
Nem lágrimas derramadas, nem poemas declamadas, nem a música predileta.
Tudo é nada, e o nada é o contrário do nada.
Um vazio.
Solidão.
Separação.
4 de setembro de 2009
23 de agosto de 2009
elas flutuavam, me tocavam e explodiam.
eu caminhava pelas ruas desertas,
sucumbia ao frio que me enebriava.
os sonhos pareciam reais
ou a realidade virou sonho.
mas ontem,
ontem não houve choro,
não houve grito.
ontem as palavras tomaram conta de mim
e os gestos, um dia tão importantes,
não tiveram mais importância.
ontem choveu bolinhas de sabão.
e você não estava aqui para vê-las!
17 de agosto de 2009
13 de agosto de 2009
sonhar... pra quê sonhar?
9 de agosto de 2009
outras personagens
28 de julho de 2009
22 de julho de 2009
14 de julho de 2009
3 de julho de 2009
29 de junho de 2009
25 de junho de 2009
18 de junho de 2009
Vida em Marte... Será?
Tudo bem, mas e a foto? Creio que, de certa forma, não estamos sozinhos no universo. Afinal, se não existe apenas a Terra como planeta, porque existiria apenas terráqueos?
Notícia completa: Aqui
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O filme "Jean-Charles" teve sua pré-estréia ontem.
Para quem não lembra, Jean-Charles foi o brasileiro morto por policiais britânicos em 2006. Suspeito de ser um terrorista, os policiais o mataram no metrô, sem se importarem com a veracidade da acusação. O protagonista é interpretado por Selton Mello e o filme dirigido por Henrique Goldman.
Quando assistir ao filme, colocarei uma resenha em meu outro blog, o Meias Palavras.
9 de junho de 2009
10 de maio de 2009
Ah, mas minhas preferidas ainda são as palavras de carinho e amor. Palavras que tocam nossos corações e nos deixam envaidecidos. Palavras que esperamos escutar e que gostamos de falar. Há pessoas que falem palavras bonitas apenas para conquistar alguém. Esse tipo de pessoa é hipócrita e ridícula, não sabe o que está perdendo ao sentir algo bonito e verdadeiro.
27 de abril de 2009
24 de abril de 2009
4 de abril de 2009
1 de abril de 2009
24 de março de 2009
Um pouco mais do meu "eu" romântica...
Meu coração é todo seu
Vozes, loucuras, sussurros,
Gotas de oceano
ou um resto de pano
Pequeno, grande
Sonho ou céu
Palavras são restos
E resto é muito pouco
Eu quero apenas você
Sentir, gozar
Perder minha solidão
num abraço seu
Ganhar seu coração
num gesto meu.
23 de março de 2009
Escuto o chão, limpo a janela
Em meus devaneios
fumo a fumaça da minha mente
Escorrego em azulejos
Impeço o homem de matar
Grito farpas, giro gritos
Enlouqueço e me demito
Me dê motivo para sorrir
Misturo meu corpo na água
Enterro meus pés na lama
Minha cabeça voa por aí e por ali
Chega chega chega
Chegada, partida
Paro e reflito
Durmo.
17 de março de 2009
12 de março de 2009
Assim não precisaria estar perto de ti
apenas por pensamento
Gostaria de ter o dom de tocar
E eu faria mil canções
para te abençoar
Gostaria de ter o dom da pintura
Assim pintaria todo o céu
com as cores que te agradam
Quero poder conseguir te fazer sorrir sempre
Não apenas com minhas meninices
Mas também com meu coração
Meu sonho é poder estar com você
Ontem, hoje, amanhã
e até quando nos permitir
Um carinho maior que esse
Nem o universo poderá te dar.
1 de março de 2009
e misturam-se entre desejos e gritos
entre raiva e mansidão
minhas palavras voam com os pássaros
não pousam com freqüência em meus papéis
mas cantam em minha mente
minhas palavras fogem de mim
fogem e reaparecem
mas não me dizem nada
minhas palavras estão sempre por aqui
por ali, por todos os lados
apenas não pertencem mais a mim.
18 de fevereiro de 2009
Para minha flor...
Ela é uma flor e têm os olhos mais lindos e azuis
Ela é uma flor e sua voz é sonora
Ela é uma flor e não têm espinhos
Ela é uma flor e tem um toque suave
Ela é uma flor... e cheira a jasmim
Fim do mundo?
Cada pedaço sugou algo e alguém
Cada pedaço fechou-se como uma rosa
O céu escureceu, o mundo encurtou
As palavras derreteram
Os sonhos murcharam
As feridas não cicatrizaram
As casas quebraram...
Tudo mudou
Mas tudo continuou igual.
???
14 de fevereiro de 2009
10 de fevereiro de 2009
Violão
O violão estava encostado há alguns meses. E, por meses, ele o encarava. Sentia o peito doer, a garganta secar, seus olhos marejavam. Sentia que não conseguiria mais tocar. Caminhava por horas e horas e só pensava em uma coisa: queria tocar de novo para ela. Ela que o tocara de uma maneira que nenhuma outra o havia tocado antes, que olhava para ele com aqueles grandes olhos azuis querendo o devorar. Caminhava, caminhava e não conseguia deixar de pensar nela, em seu toque sempre suave, seu beijo cheio de desejo, sua voz que enchia o coração de felicidade. Pensou até em vender o violão. Mas não, era presente dela. Relíquia. Chegava em casa, sentava no sofá e o encarava por horas. Sentia medo, vertigem. Não queria chorar ao tocar, mas já chorava só de lembrar. O coração arrependido gritava seu nome, sua vida, seu desejo. Pegou o violão em suas mãos. Colocou no colo devagar. Fechou os olhos e começou a dedilhar. Ao abrir os olhos, atônito, pensou “porque não?”. Saiu correndo com o violão nas mãos. Era longe, mas chegaria. Chegaria cansado e com a voz embargada. Estava frio aquela noite. Saiu sem casaco, apenas um cachecol no pescoço. Corria o mais depressa que conseguia. Chegou à praça onde a conheceu. Sentou num banco, suado, cansado e começou a dedilhar devagar, baixinho. Gritou uma, duas, três vezes. Chorava demais. As putas que faziam ponto ali, ficaram assustadas no começo, mas quando perceberam a dor daquele homem, daquelas músicas dedilhadas com o coração, sentiram vontade de chorar. Ele cantou e a lua apareceu enorme, cheia, iluminando sua serenata. Serenata que seria escutada pelo bairro todo, por corações apaixonados, por corações despedaçados. E, assim, ele fez todos os dias até conseguir chegar no coração daquela mulher que ele amava e que sempre amaria.
7 de fevereiro de 2009
5 de fevereiro de 2009
Sinto você caminhar por meu corpo
Seu desejo me chamando e me roubando
Sinto as palavras quentes que saem de sua voz
Corro pensamentos e te encontro em mim
Me possuindo, me rasgando
Penetro em sua pele como se fosse a primeira vez
Sugo teus lábios,
Reintero pedidos
Realizo sonhos antes perdidos
Grito seu nome e me apeteço.
1 de fevereiro de 2009
os cacos estão se espalhando
e não consigo juntá-los.
estou me enlouquecendo
meu corpo clama em chamas
e chama por clemência.
quero gritar
mas a voz está presa em minha garganta
e me apavora.
meu sonho está machucado,
a paz está perdida
e eu não encontro respostas.
tira esse pavor de mim
essa vontade de chorar
essa dor que não cessa.
29 de janeiro de 2009
Eu só penso silêncio
27 de janeiro de 2009
Era um dia como outro qualquer. Levantou cedo, arrumou suas coisas na bolsa e saiu. Aquela noite, viajaria. Voltaria do trabalho para arrumar a mala correndo. Esperava aquela viagem há algum tempo. Sentia seu coração bater mais forte só de pensar. Há algum tempo não sentia seu corpo tremer só de pensar em alguém, nem o coração bater mais forte porque veria a pessoa amada. Trabalhou, almoçou, trabalhou mais um pouco, leu algumas revistas. Um típico dia de serviço.
Voltando para casa, o sol quente em sua cabeça, sentiu alguma coisa mudar. O vento mudara de posição rapidamente, o trânsito que sempre estava apressado, parecia ter parado, não se ouvia um único som de motor funcionando, buzinas gritando, fumaça poluindo o ar. Tudo mudara. Estava tudo parado. Menos ela. Estava ali, andando com mais pressa do que o normal, quase correndo. Uma angústia tomou posse de seu corpo. Sentiu-se perdida entre seus pensamentos. Sentiu-se perdida nas batidas de seu coração. E, de repente, como um soco, a vida voltou ao normal. O barulho, a fumaça intoxicante, pessoas gritando, o mundo girando, girando, girando.
Voltou para casa assustada e arrumou a mala rapidamente. Comeu alguma coisa e pegou um táxi para a rodoviária. Pegou sua passagem e viu a plataforma: 34. Enquanto descia a escada rolante, escutou sinos batendo espaçadamente. Não lembrava de nenhuma igreja ali por perto, ou será que os sinos da igreja perto de sua casa a invadiram? Sentiu-se muito estranha. Coisas estranhas acontecendo. Olhou o relógio: 21 horas e 42 minutos. Ainda tinha quinze minutos antes de pegar o ônibus. Virou-se para ir a plataforma. Assustada viu o relógio novamente: grande, com os ponteiros correndo. O espaço parecia espelhado, mas ela era a única pessoa que não estava duplicada. Era a única que se movimentava. Toda a rodoviária parada, os ônibus no meio da pista, pessoas comendo seus pães de queijo e bebendo seus cafés. O líquido parado no ar! Mais uma batida de sino. O relógio parou. Era o horário de seu embarque e não conseguia sair dali. Olhava em torno e ninguém parecia se importar. Ninguém se importava se ela estava feliz, se estava triste, se gritava, chorava. Estavam todos ali com o mesmo destino: viajar.
Fechou os olhos e ao abri-los novamente, estava dentro do ônibus, deitada em sua poltrona. Pensou se tudo não passou de um sonho ou pesadelo. Pensou se ao querer que o tempo passasse tão depressa não o fez parar de vez para enlouquecê-la. Fechou os olhos novamente. A lembrança daquele belo olhar a fez dormir.
22 de janeiro de 2009
poesia de alice ruiz
assim que vi você
logo vi que ia dar coisa
coisa feita pra durar
batendo duro no peito
até eu acabar virando
alguma coisa
parecida com você
parecia ter saído
de alguma lembrança antiga
que eu nunca tinha vivido
alguma coisa perdida
que eu nunca tinha tido
alguma voz amiga
esquecida no meu ouvido
agora não tem mais jeito
carrego você no peito
poema na camiseta
com a tua assinatura
já nem sei se é você mesmo
ou se sou eu que virei
parte da tua leitura
19 de janeiro de 2009
Trago flores porque te quero
Quero sonhos porque te espero
Mergulho em você porque tenho calor
Beijo-te porque tenho sede
Devaneio em seu corpo
Quero tecer caminhos com suas mãos
E encontrar diamantes em seus olhos.
Forças para poder te buscar
Eu grito seu nome
Eu grito seu cheiro
Eu grito sua voz
Me entorto
E te encontro em meus pensamentos
17 de janeiro de 2009
Me afoguei nas confissões que nunca confessei
Caí da montanha mais alta para sangrar ódio
Sentei numa almofada de pedras
Cochilei numa cama de espinhos
Me sinto pesada, leve, ao mesmo tempo
Morri em sonhos grotescos
Fingi ser imortal
Pretendi alcançar a lua, as estrelas
Mas só sofri com isso
Quero me afogar, cair, sentar, cochilar, fingir, pegar, morrer
Mas que seja tudo por você…
15 de janeiro de 2009
Meu relógio sangra tua ausência
como segundos que demoram a passar
e no silêncio de minha escuridão
sua voz me guia para mais perto de ti.
traz lembranças de nossos dias,
a fumaça do meu cigarro misturando com o seu,
seu olhar penetrando o meu,
seu sorriso lindo, cheio de vida.
a lua que foi nossa cúmplice nas noites quentes,
a chuva que batia na janela...
e o sangue que escorre
derrete minhas lágrimas.
Sua boca
Sua mão
Sua voz...
Fico eu em você
E fica você em mim!
13 de janeiro de 2009
Ah, minha cama fria...
Minha vida que não é mais minha
Meus sonhos que voaram para longe.
Longe, você está de mim!
Ah, como quero seu sorriso junto ao meu!
Andar por aí, de mãos dadas
Enxugar suas lágrimas, te fazer feliz.
Mas longe, está você de mim!
Miro a lua cheia,
Que traz lembranças de nós.
Abraçadas
Ai, longe, você está de mim!
12 de janeiro de 2009
5 de janeiro de 2009
tirando o casaco e colocando em cima da cadeira, com cara de cansado e olheira