11 de janeiro de 2018

A(ves)so - ou a antítese do meu ser

A dor move montanhas,
então busco nas lágrimas
uma força que já não tenho.
Dentro do meu peito,
tenho refém um coração,
que grota, que sangra
e não reclama socorro.
No caminho, escorrego,
levanto, sacudo a poeira
e corro novamente,
enquanto todos os ossos
de meu corpo quebram.
Estou aos pedaços,
estou no silêncio,
estou na angústia
do dia, da noite.
O preto e o branco são antítese
de meu ser,
e eu só sigo caminhando.