17 de agosto de 2015

o estranho me abraça
e eu nem vejo
me perco nas vias do olfato,
fato para se ver e se esclarecer
quero pregos
pregando
as bordas da parede bordô
cega me perco nas linhas
verticais do seu corpo
que me levam para além das flores,
além das dores
e os sonhos me caçam,
me enlaçam, me rimam,
me mimam.
venho aqui e procrastino
o espaço-tempo do meu morro.
sento e me vejo em toques.
ensurdeci no seu grito
morri no seu gemido.