17 de abril de 2011

Platonices

Eu quero gritar
Sufocar
Quero rezar a lenda
Que meu amor é novo

Eu quero beijar
Sua boca sedenta
Meu corpo que chama o seu
Que não responde

Correr faz diferença?
O impossível da verdade
É a mentira que ela nos conta

Esquecer? Pensar em outras?
Só me faz pensar mais
Nos olhos que não me vêem.

9 de abril de 2011

Notas de um dia bizarro

NOTA 1

Em frente ao meu local de trabalho há uma casa onde moram dois idosos. Um senhor e uma senhora. Cotidianamente, eu e minhas colegas de trabalho, vemos esse casal limpando, saindo e voltando, abrindo e fechando o portão. O que ninguém sabia era o que acontecia por trás daquelas paredes. Não que eu ficasse imaginando, mas em nossas mentes, um casal daquela idade (cerca de 70, 80 anos cada um), pensávamos que era um casal que viveu juntos por anos, passaram por momentos turbulentos, filhos, netos, talvez bisnetos. Hoje a senhora cai e uma de nós fomos lá saber como ela estava, pois havia uma ambulância em frente a casa. Não é que minha colega descobre que esse casal, na verdade, não é um casal. O senhor é divorciado de sua esposa há anos, ela foi babá dos filhos desse matrimônio rompido. E lá moram eles, há anos, juntos.

NOTA 2

Estava eu na academia e a coisa mais bizarra do meu dia aconteceu: uma senhora arranca a bermuda de coton dela e fica arrumando a calcinha na frente de todos. Homens e mulheres. E ela nem se deu conta do que fez!

NOTA 3

Pedimos uma pizza que levou mais de uma hora e meia para chegar. Quando chegou, estava fria e sem refrigerante.

NOTA 4


A vida se manifestando de forma agressiva, desigual. Cansada de estar sempre atrás. Cansada de nunca ter e nunca ser desejada pelas pessoas que me interesso.
Irritação.
Depressão.
Angústia.
Não quero passar por isso novamente.

E ponto.