6 de maio de 2008

Sonho

Quero sorrir na tarde azul, vendo o trem passar. Com um livro debaixo do braço e deitada na grama. Um dia quente. Uma tarde vazia. Ou nem tão vazia! Esperar você aparecer, trazendo meu sorriso de volta, a luz dos meus olhos. Saborear cada momento junto a seu corpo. O pensamento não me deixa. Fico aqui sentada, tomando uma água gaseificada e pensando, pensando, pensando. Pensando no dia de amanhã, no dia em que te verei, nos abraços, nas palavras doces e os beijos molhados. O livro não me interessa mais. O sol vai se pondo, deixando o céu um pouco afogueado. A vida vai passando aos poucos e a gente não percebe. Cada minuto é importante, cada pensamento é grande e cada gesto é maravilhoso! Sonhar o sonho impossível até que ele seja possível. Por isso continuarei aqui sonhando contigo. Quem sabe numas dessas tardes vazias, preguiçosas e afogueadas, você me aparece de surpresa?

5 comentários:

Anônimo disse...

Todo amor platônico me faz lembrar de Alvares de Azevedo:

(...)
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

::
beijão

Karam

O Desbunde disse...

sabe que sinto o mesmo?
gostaria de receber aquela surpresa guardada na memória
receber aquele sorriso ora dantes esquecido
ah! a saudade
dói
esse é o preço para viver...

amai! amai! sempre amai!

Canção ao Vento disse...

Escrevo porque gosto de falar sozinha.
As poesias são minhas, só eu as entendo, assim como só você necessita da tal 'surpresa'.
Abraço e agradecimentos.

Anônimo disse...

Tenho um recadinho para você no blog. Passa lá.

Luísa disse...

Será que vale a pena gastar o nosso tempo sonhando com o seu regresso? Quantos sonhos não estaremos a perder? O que estaramos a perder, por queremos acreditar na ilusão de que um dia irá voltar? Voltar para onde, como estaremos nós nessa altura? Voltar para partir, de novo?
Olho à minha volta, o que estarei eu a perder...