23 de agosto de 2009

ontem choveu bolinhas de sabão.
elas flutuavam, me tocavam e explodiam.
eu caminhava pelas ruas desertas,
sucumbia ao frio que me enebriava.
os sonhos pareciam reais
ou a realidade virou sonho.
mas ontem,
ontem não houve choro,
não houve grito.
ontem as palavras tomaram conta de mim
e os gestos, um dia tão importantes,
não tiveram mais importância.

ontem choveu bolinhas de sabão.
e você não estava aqui para vê-las!

Um comentário:

Lunna disse...

Seu poema me fez respirar mais fundo, ir e voltar muitas vezes e ficar aqui em silêncio como se assim um novo verso fosse se desenhar a seguir.
Bjs meus