18 de outubro de 2009

eu sou o silêncio que me escuta
a lua que minguou

eu sou o pó levado pelo vento
as cinzas que já passou

eu sou a tarde que morre
o juízo que sumiu

eu sou o espaço vazio do mundo
a palavra que calou

eu não sou eu
eu sou o vazio
eu sou o desamor
eu sou a rouquidão

eu sou tudo
e sou o nada
estou aqui
e em lugar algum.

Um comentário:

Guidinha Pinto disse...

Muito belo este poema.
Fique bem.