18 de julho de 2008

"O fato de uma coisa ser difícil deve ser um motivo a mais para que seja feita.
Amar também é bom: porque o amor é difícil. O amor de duas criaturas humanas talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta, a maior e última prova, a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação.
(...) para quem ama, o amor, por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento cada vez mais intenso e profundo. O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa. (...) O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe."
Rainer Maria Rilke

6 comentários:

Anônimo disse...

Estava lendo o post abaixo e observei seu dizer "depois do ponto final eu recomeço" e logo a seguir vejo Rilke que dizia que a mudança no homem era quase uma obrigação para que este não se surpreendesse consigo mesmo. Leio muito Rilke, quase que por obrigação da pele para com a alma.
Tenha uma boa semana - abraços meus...

Luiz Modesto disse...

E é difícil mesmo, cara Carol...
Abração...

O Desbunde disse...

puta que pariu! deu tristeza no coração esse post hein!!! de cortar os pulsos com alicate... sofrimento da porra

Luiz Carioca disse...

sei lá, já me chamaram de amrago, complexo e negativo...rs. mas acho q na vida, nada é fácil. e desse monte de coisas dificeis, o amor é uma das melhores.

Luísa disse...

Engraçado...fiquei a pensar neste post...um escritor português escreveu um livro cujo titulo é "O Amor é f.....!" não me atrevo a escrever o palavrão...hoje não sei o que é o amor, estou baralhada, tal um naipe de cartas, porque de todos os amores que tive nenhum foi igual, por isso acho que o Amor não é o que cada um sente, mas sim a combinação de muitos ingredientes misturados pelas pessoas. Beijão Carol!

Rosana Kali disse...

É por isto que tenho medo. Sei, talvez digam que o medo é pequeno, prova de fraqueza, sei lá, mas tenho realmente medo, e ele me parece grande, deste chamado para longe. Dói pensar que talvez eu seja incapaz do que sempre quis. Ah, como é difícil apenas ser, apenas viver. Viver parece-me uma complicação constante. Existir... e para que existir sem o amor? E para que existir sem amar? E, no entanto, por que é tão difícil amar? Não sei porque tenho tanta certeza e tanta dúvida ao mesmo tempo. Como poderei ser fiel a mim mesma, como poderei presentear-me com os presentes que gostaria de ganhar? Os caminhos são nebulosos, se é que existe algum caminho.