3 de julho de 2008

os olhos se afastaram, como se procurasse no vazio alguma coisa perdida. as palavras estavam entaladas na garganta há tempos, mas não sabia como pronunciá-las. as mãos, cruzadas pesadamente, estavam entre os joelhos. balançava vagarosamente o corpo para poder sentir seu corpo se mover. de repente, olhou fixamente um ponto preto no canto da parede, seu corpo parou, descruzou suas mãos e puxando seus cabelos, gritou até não aguentar mais.

4 comentários:

Luiz Modesto disse...

Muito bom, minha cara.
Gosto do que vc escreve, sempre passo por aqui.
Abraço

Anônimo disse...

Isso se parece muito comigo. Os pontos pretos nas paredes me perseguem e vivem roubando a minha atenção. Quando encontro um ponto assim perdido, tenho a impressão de me encontrar por um rápido e mágico instante. Mas esse ponto é tão volátil quanto a minha compreensão e me escapa. Fica apenas o estranhamento daquilo que perdi sem nunca ter encontrado.
Beijos prima!

Anônimo disse...

Um pouco de ar nos pulmões nessas horas faz bem. Fiquei a imaginar esse ponto preto na parede e o desconforto causado por ele. Eu fecharia os olhos e visualizaria o mundo por um outro lado, mas as reações são individuais.
Abraços

Anônimo disse...

que agonia!!!!

agonia
agonia...

que agonia

Ana Rê..